GLORIANA

Filipe Ribeiro é natural da vila de Glória do Ribatejo e cofundador da Gloriana. A história começa em Madrid, corria o ano de 2017, onde vivia e começou a frequentar uma microcervejeira perto da sua casa.

«Comecei a ser um visitante assíduo até que acabei por criar uma amizade com o cervejeiro que lá estava encarregue das principais receitas e da própria produção»

Filipe e o cervejeiro entraram assim numa viagem que pretendia descobrir vários sabores. Começa pelos sabores tropicais da American Pale Ale, pelo aveludado da Irish Stout e ainda pelas Trapistas Belgas, cervejas criadas pelos monges alquimistas na reclusão do mosteiro, que tinham como objetivo aquecer a alma antes de aprofundarem a espiritualidade.

Com os restos de malte e lúpulo que estavam esquecidos na fábrica extinta da PaleCat, em Madrid, Filipe Ribeiro aventurou-se no “DIY” e criou a primeira produção da sua cerveja, que ficaria pronta a beber no Natal desse mesmo ano. Nos dias seguintes juntou-se a Constantino Cristovão em novas experiências, com quem foi partilhando esta paixão via telefone.

Depois vem a imagem da Gloriana. Para ilustrar a cerveja decidem fazer um rótulo baseado num stencil art de uma velhota que caminha. A ideia era oferecer algo único, especial e com ligação à terra onde vive, Glória do Ribatejo. Destas garrafas, algumas viajaram até Hong Kong e Macau, onde se encontravam alguns amigos de Filipe. 

No entanto, para além da aventura destas garrafas pelo mundo, a cerveja de Filipe e Constantino teve também um grande impacto na vila onde nasceu. O efeito Gloriana foi tão intenso junto das pessoas da vila, que gosta de se apelidar de aldeia, e dos povoados adjacentes, que foram praticamente obrigados a começar a comercializar a cerveja.

O objetivo deste projeto era criar uma cerveja no interior do país, que divulgasse o Ribatejo. Possuem diversos produtos, nomeadamente nesta área alimentar, com caraterísticas incríveis, mas que não são associados a produtos artesanais de qualidade como são os de outras regiões. O seu objetivo é pôr, não só a Glória do Ribatejo, mas todo o Ribatejo no mapa dos sabores da portugalidade.

A Gloriana é produzida de forma simples e em lotes pequenos, o que permite controlar todo o processo, desde a brassagem, à fervura e controlo de temperaturas, o que permite retirar o máximo de caraterísticas dos cereais e lúpulos envolvidos no processo.

Além de cevada, trigo, aveia e lúpulos leva ainda água e leveduras que transformam os açúcares em álcool. Para produzir o CO2, também conhecido como gás, adicionam dextrose (açúcar em pó). Depois da produção, as garrafas entram em estágio cerca de quatro semanas até estarem prontas a chegar ao consumidor. Neste momento, a marca Gloriana tem seis estilos de cerveja disponíveis. Na gama clássica, uma Blod Ale, que acompanha muito bem com peixes e carnes brancas, uma Irish Red voltada para o aroma do cereal e ideal para acompanhar carnes e vegetais grelhados e ainda uma Porter que fez com que muita gente descobrisse que até gosta de cerveja preta.

Já na gama especial podemos encontrar a Belgian Honey Ale, feita com mel multiflora caraterístico da região, a Chocolate Stout aveludada com aveia, cereal chocolate e um final de baunilha, e ainda a American Pale Ale, que tem um amargor subtil, com frutos tropicais, onde se destaca o maracujá. Possuem ainda uma sétima cerveja: A Grape Ale é uma junção entre cevada e a casta Fernão Pires, uma uva produzida de forma biológica na Quintinha do Cocharro, localizada no coração do Ribatejo, um híbrido que deixaria Baco confuso e perplexo.

Para quem quiser adquirir cerveja Gloriana, os produtos estão disponíveis em vários estabelecimentos da região do Ribatejo. No entanto, para quem quiser adquirir as cervejas de forma mais direta basta contactar a marca através da página de Facebook ou Instagram. Brevemente as cervejas Gloriana estarão disponíveis também para entregas em todo o país, através da plataforma Dott.

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